11 de dezembro de 2007

Top 4

do "Quarteto Topper’s House”
Eu queria colocar a cena do final, mas como não sei se todo mundo já leu. Se bem que acho não passaria na cabeça de ninguém que seria o trecho final. De qualquer forma, esses trechos não escolhi aleatoriamente, também não são os que mais gostei, mas com certeza estão entra eles.

[Martin]

De qualquer forma, se você for um entusiasta, deve saber que às vezes a gente se depara com buracos que são grandes demais para tapar, especialmente no banheiro. E quando isso acontece, o jeito mais rápido de lidar com a situação é enfiar nos buracos qualquer coisa que encontra – palitos de fósforos quebrados, pedaços de esponja, o que estiver à mão. Bem foi esta a função de Chas naquela noite: ele foi meio um tapa-buraco.Talvez seja disto que todos nós precisamos, suicidas ou não. Talvez a vida seja um buraco grande demais para ser tapado com enchimentos, e então precisamos de qualquer coisa em que conseguimos pôr as mãos – lixas, plainas, garotas de quinze anos o que for – para poder preencher.

[Maureen]

Em um programa de uma hora, houve provavelmente apenas dez minutos mostrando o detetive brigando com a ex-mulher e os filhos, e cinqüenta minutos mostrando cenas em que ele tenta descobrir quem colocara o corpo da criatura na lata do lixo. Suponho que quarenta minutos, tirando os comerciais.
E pareceu-me correto, dez minutos em uma hora. Provavelmente era perfeito para o programa, pois ele era detetive, e era mais importante pra ele e pro telespectador que ele passasse grande parte deste tempo solucionando os casos de homicídio. Mas acho que dez minutos por hora é suficiente para seus problemas, mesmo que não esteja em um programa de TV. David Fawley estava desempregado, o que significa que muito provavelmente ele passava sessenta minutos por hora pensando nos seus problemas, quando você faz isso, é quase certo que acabe no terraço Toppers’ House.

[Jess]

Acordei péssima no dia seguinte, principalmente porque fui pra cama de stômago vazio, embora eu acho que o Ecstasy, as doses de Breezer e o pó não tenham ajudado. Me sentis deprê, também. Me bateu aquela terrivél sensação de que estamos presos a quem somos e não a nada que a gente possa fazer.

[JJ]

Algumas pessoas que já morreram, as quais eram sensíveis demais para viver: Sylvia Plath, Van Gogh, Virginia Woolf, Jackson Pllock, Primo Levi, Kurt Cobain, é claro. Pessoas ainda vivas: George W Bush, Arnold Schwarzenegger, Osama Bin Laden. Marque com um X aquelas com as quais você provavelmente gostaria de beber algumas coisa, e então veja se estão no grupo das que morreram ou das que ainda estão vivas. Sim, você poderia dizer que eu não estou sendo justo, que faltam algumas pessoas na minha lista de pessoas vivas que poderiam acabar com meu argumento, alguns poetas, músicos e tal. E você poderia ainda apontar Stalin e Hitler não eram tão bons e não estão mais conosco. Mais ainda assim, dá licença: você sabe do que estou falando. As pessoas sensíveis acham mais difícil continuar vivendo.


Um comentário:

Lucy, disse...

http://all-the-nobody-people.blogspot.com/2007/06/palavras-que-salvam.html

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